11 de outubro de 2024

Eduardo Ribeiro, o primeiro Governador afrodescendente do Brasil

Eduardo Gonçalves Ribeiro (São Luís -Maranhão, 18 de setembro de 1862 – Manaus, 14 de outubro de 1900) foi um militar e político brasileiro.

Foi governador do estado do Amazonas duas vezes, entre 2 de novembro de 1890 a 5 de maio de 1891, e de 27 de fevereiro de 1892 a 23 de julho de 1896, sendo o primeiro negro a governar um estado no Brasil. Sua mãe, Maria Florinda da Conceição, foi uma escravizada, depois alforriada.

Sua chegada ao Amazonas e ao poder se deveu à sua carreira militar, quando era Tenente do Exército foi integrado à alta administração do estado do Amazonas, nos primórdios da República, por seu antecessor no Governo, o Capitão Ximeno de Villeroy, Eduardo foi promovido a Capitão de 1º classe a 7 de junho de 1891.

Ainda bem jovem recebeu a alcunha de Pensador, em decorrência de sua ativa participação nos movimentos republicanos e por ter editado o jornal maranhense O Pensador.

Para além da formação militar era bacharel em Ciências Físicas e Matemáticas, portanto também um cientista.

Suas principais realizações foram a decretação da primeira constituição do Estado, criação do Judiciário amazonense, o início das obras do Teatro Amazonas, a construção do Reservatório do Mocó, da Ponte de Ferro da Rua 7 de Setembro, do Palácio de Justiça e inúmeras outras obras, transformando Manaus na conhecida Paris dos Trópicos.

Depois do governo foi ainda Deputado e presidente do legislativo amazonense.

Morreu em Manaus, em circunstâncias ainda não bem esclarecidas, a 14 de outubro de 1900, quando foi encontrado sentado no chão, de pijama, enforcado com uma corda de pendurar rede, em sua chácara. No local encontravam-se apenas seus seguranças, pois Eduardo Ribeiro era deputado e presidente do congresso do estado (assembleia legislativa) na ocasião. O caso foi encerrado como suicídio, mas especula-se que Ribeiro possa ter sido envenenado.

 

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