Projeto teocrático, a fase da “militarização” vindo ai…
Um contingente de jovens em idade militar perfilados e “uniformizados”, cabelo “padrão” em atitude de “ordem unida”, utilizando a universal saudação militar de continência ? uma nova turma de “recrutas ou alunos” das forças armadas ou polícia militar ????, não, são os “Gladiadores do Altar” da Igreja Universal.
Por mais que se negue a intenção de formação de milícia, ou a inexistência (ainda) dos requisitos técnicos para que seja considerada como tal, basta olhar para os exemplos da História (ou da ficção com base histórica) para perceber as possibilidades que dai poderiam e provavelmente viriam a se desdobrar…, qualquer um que já tenha usado uniforme de aspecto militar, feito ordem unida, tenha sido disciplinado, aprendido a respeitar hierarquia sem maiores questionamentos e preparado ideológica e psicologicamente para “lutar” (afinal o que faziam mesmo os gladiadores ?) por “causa justa” (na visão dos líderes maiores), cumprir “missões” até as últimas consequências (inclusive abrindo mão da própria vida ), reconhece facilmente a descrição, pois é ou já foi um…, estamos falando de um SOLDADO… (faltando para tal apenas o treinamento tático e o uso de armas).
E convenhamos, muitos desses jovens já o tem (o treinamento militar) por terem passado pelas FFAA, ou ainda o terão ao passar por elas, cogitando-se ainda a nada improvável situação de que muitos ainda estão nelas e nelas permanecerão tantos outros… prontos para a qualquer momento seguirem ordens “do comando”, muitos desses jovens devidamente “doutrinados” estarão também nas polícias, prontos para reproduzir de forma muito peculiar as suas intolerâncias para com a diversidade…, como na vida comum outros estarão se dirigindo à funções “civis” (algumas bem estratégicas), mas os laços e relações de camaradagem desenvolvidos “na tropa” podem durar toda uma vida e serem úteis em várias situações, tanto dentro quanto fora da “caserna”.
Provavelmente daqui a pouco para “fortalecer o espírito” (de corpo) estarão realizando “serviço de guarda de instalações”, recebendo aulas de defesa pessoal (a fim de “se defender de ataques” durante “missões”), fazendo “segurança” nos cultos e de “autoridades da Igreja”, como a vida no campo e em comunidade também “fortalece o espírito” em breve deverão ter “bases campestres” para exercitar o corpo e a mente para funcionar bem em qualquer tipo de ambiente… .
Não pretendo me desdobrar muito mais nessa questão, mas gostaria de sugerir que os interessados pesquisassem sobre as “juventudes nos sistemas totalitários”, lessem o destino dos jovens cães orfãos “desaparecidos” e reaparecidos tempos depois em “A revolução dos bichos” de George Orwell, assistissem ao filme “A onda” que mostra uma “experiência educacional desastrosa”, ou ainda aos filmes “Sem saída” com Kevin Costner ou “SALT” com Angelina Jolie (ambos contam estórias de espiões infiltrados em posições estratégicas e “adormecidos” para agir somente em determinado momento).
Sendo curto e grosso… não é nada interessante para a sociedade brasileira ter uma poderosa corporação “religiosa” que mexe profundamente com a mente de seus adeptos, e cuja ideologia busca cada vez mais o poder econômico e político e a imposição proselitista de seus valores pouco ou nada tolerantes com determinadas minorias (inclusive afrontando a Constituição e outros dispositivos legais), formando uma “legião militarizada” com a declarada intenção de “lutar pela fé” e “cumprir missão abrindo mão até da vida”, isso tem todos os elementos para no futuro e bem próximo se tornar uma verdadeira milícia no sentido pleno da palavra (e de alta ramificação), não precisamos de “novos cruzados” ou “Jesuítas à moda antiga” levando a “ferro e fogo” as suas convicções religiosas de forma proselitista a quem delas não comunga, em uma nova versão do velho ditado “Entre a cruz e a espada” (ou “aceita” ou morre…), já estamos vendo ai pelo mundo exemplos deploráveis de proselitismo fanatizado, radical e extremista…, espero e sinceramente que isso seja muito bem monitorado pelos serviços de inteligência e os orgãos competentes, para que se necessário se possa desarticular em tempo hábil essa ameaça potencial à democracia…, liberdade religiosa tem limites, se perigam ser ultrapassados é preciso que o estado tenha a mão firme para impedir.