9 de outubro de 2024

Manifestantes da Educafro desocupam entrada principal do Ministério da Fazenda

Estudantes do Movimento EDUCAFRO se acorrentam em protesto nas catracas de entrada do MF
Pois é…, não bastam cotas para o acesso universitário, fomentar a permanência dos estudantes cotistas (todos de baixa renda independente da cor) é crucial, e para isso é preciso que sejam disponibilizadas e mantidas as verbas necessárias, em uma “Pátria Educadora” é inconcebível corte de verbas para a Educação…, entenda o caso na matéria da EBC.

 09/03/2015 14h54

Brasília

Danilo Macedo – Repórter da Agência Brasil Edição: Denise Griesinger

Depois de aproximadamente duas horas de bloqueio, manifestantes da Fundação Educafro – que reivindicavam mais recursos para educação de negros e pobres – liberaram a entrada principal do Ministério da Fazenda, por volta das 14h10. Segundo o frade franciscano David Santos, porta-voz do movimento, a decisão de desocupar o prédio foi tomada após a Secretaria Executiva do Ministério marcar uma audiência, com o grupo.

“Dia 17 de março voltaremos aqui para definir todos os pontos de reivindicação, em uma audiência com o secretário executivo [adjunto] Ariosto Culau. Se não atenderem a nossas demandas, aí teremos uma audiência com o ministro”, disse Santos.

Sobre a escolha do local da manifestação, o frade explicou que várias audiências ocorreram no Ministério da Educação, que sempre alega o corte de verbas para não atender às reivindicações. “Queremos a garantia de que todo aluno cotista negro, cuja renda seja inferior a 1,5 salário mínimo, tenha bolsa moradia, alimentação e transporte”, afirmou. “Colocamos aqui como é incoerente falar em pátria educadora e cortar 30% da verba para educação. Queremos saber quanto mais vai para educação, em uma pátria educadora”, disse.

A portaria principal do Ministério da Fazenda foi bloqueada por volta das 12h. Cerca de 20 manifestantes da Fundação Educafro ocuparam a entrada principal do edifício e, lá dentro, alguns se acorrentaram às catracas de acesso ao ministério, impedindo a entrada de servidores. Eles também tocaram berimbau, timbau e jogaram capoeira, além de cantar músicas pedindo ao ministro Levy mais dinheiro para educação.

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