1º aniversário da vitória das cotas universitárias para negros
Parece que foi ontem…, clichê, mas é exatamente essa a impressão, 26 de abril de 2012 estava eu em um quarto de hotel na cidade de Humaitá, interior do nosso Amazonas, atento nos tweets dos companheiros de causa, que acompanhavam pelos recursos possíveis a sessão final do julgamento no STF sobre a constitucionalidade das cotas para negros nas universidades públicas brasileiras, a partir de uma ADIN provocada pelo DEM (especificamente contra negros, os Índios foram “poupados” desta vez).
Estava tranquilo, sem maiores dúvidas quanto a aprovação (até por confiar na coerência do STF e por ter visto ao vivo, o “banho” argumentativo dos pró-cotas em cima dos anti-cotas nas audiências públicas chamadas pelo relator Min. Ricardo Lewandowsky) , mas ansioso por ver o placar (que acabou dando unânimidade dos votos, descontado o Ministro Tóffoli que se julgou impedido de votar) e a derrocada oficial dos com quem durante anos (junto com valorosos e arraigados companheiros de causa) travei combate ideológico/argumentativo em milhares de horas de debates virtuais, presenciais ou utilizadas pesquisando e escrevendo a favor das cotas.
No dia seguinte nova derrota imposta aos “neo-democratas-raciais”, a confirmação da validade de utilização do critério também no PROUNI, e algum tempo depois a aprovação da lei de cotas pelo legislativo e a sanção pela Presidente Dilma e até parte da “mídia má” (que passou anos criticando as cotas), acabou fazendo um “mea culpa” (vide matéria clicando na imagem).
Ainda hoje se encontra “um ou outro” contra-cotas “esperneando” por ai, porém discutir com “causa ganha”, além do peso da realidade constituída e da despreocupação com qualquer efeito prático do “xororô” adversário, ainda faz sentido para o fim de tentar “acordar” os inconscientes e anacrônicos, não apenas para o acerto da medida em sí, como para outras “pendências” na questão sócio-racial brasileira.
A batalha foi vencida, mas ainda temos um longa “guerra” , logo… a luta continua.
Vc já leu as ultimas noticias do rio de Janeiro sobre o que estão tentando fazer com as cotas?continua o interesse de segregação, o documento fala de uma graduação de 2 anos que mais parecem cursos tecnicos, como vc colocou em seu texto:ainda temos uma longa guerra”.mas é bom saber que podemos contar com militantes que tem poder da oratória, como vc.PARABÈNS.
Acho que na realidade é em SP na USP não? , o tal do “college” que seria um tipo de nivelamento, ao qual só estariam sujeitos os cotistas, o que é um absurdo já que a diferença de nota entre os piores colocados não cotistas e os cotistas é mínima e em alguns casos mesmo concorrendo nas cotas a nota do candidato é igual ou maior que a de um não-cotista. Essa é uma forma descarada de “atrasar” e segregar os cotistas, além de complicar e desestimular a concorrência pelas cotas.