Cursos a distância superam os presenciais em todos os indicadores de qualidade do e-MEC
Não é que nós adeptos e entusiastas da EAD tenhamos intenção “supremacista” em relação ao ensino presencial, mas ter que ouvir ou ler posições preconceituosas, discriminatórias e pejorativas com relação a EAD (quando fatos e dados como os expostos na matéria abaixo, estão ai para quem quiser ver, destroçando os argumentos dos “anti-EAD”), chega a ser hilário e nonsense… .
A base de dados e-MEC, que reúne instituições de ensino e cursos de graduação com suas respectivas notas nos indicadores de qualidade utilizados pelo Ministério de Educação (MEC), aponta que, percentualmente, os cursos de educação a distância estão ligeiramente melhor conceituados do que os cursos presenciais em todos os indicadores.
O e-MEC reúne as notas nos indicadores do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que avalia o conhecimento dos estudantes; do Conceito Preliminar de Curso (CPC), que é composto a partir dos resultados do Enade e por fatores que consideram a titulação dos professores, o percentual de docentes que cumprem regime parcial ou integral (não horistas), recursos didático-pedagógicos, infraestrutura e instalações físicas; e, por fim, as notas do Conceito de Curso (CC), composto a partir da avaliação in loco do curso pelo MEC, e que pode confirmar ou modificar o CPC.
Em todos os três indicadores, os cursos a distância aparecem com percentuais ligeiramente maiores de aprovação (notas 3 a 5) e também com percentuais maiores entre os cursos aprovados com a nota máxima (5).Na análise dos dados do e-MEC, verificou-se um quase empate nos indicadores CC, porém com vantagem para os cursos a distância, nos percentuais de aprovação (notas 3 a 5): 100% dos cursos a distância e 97,7% para os cursos presenciais.
No indicador Enade também houve um cenário parecido: 70,5 para cursos a distância e 69,15% para cursos presenciais. Porém, no indicador CPC, houve uma grande diferença em favor dos cursos a distância: 83,7%, e 75,6% para os presenciais.Se forem considerados apenas os percentuais de nota 5, novamente os cursos a distância estão na frente no CC (14,58% a distância e 14% presenciais) e no CPC (2,91% e 2,3%), ficando atrás apenas no Enade (4,5% a distância e 6,15% presenciais).
A busca de dados na base do e-MEC foi feita ontem, dia 20, considerando apenas cursos (não se buscou por instituições de ensino) em todo o país, pagos e gratuitos, nos graus de bacharelado, licenciatura, tecnológico e sequencial. Não se considerou neste levantamento os cursos presenciais ou a distância que não foram avaliados ou que ficaram sem conceito. A busca foi feita pela internet, no endereço http://emec.mec.gov.br/. O sistema é atualizado constantemente.
A pesquisadora Márcia Figueiredo, coordenadora geral do Centro Universitário Barão de Mauá e membro da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) afirma que o número de cursos avaliados em educação a distância é pequeno na comparação com os presenciais porque ainda “menos de 10% das instituições oferecem educação a distância, isso faz com que o número de instituições avaliadas ainda seja muito pequeno”. Márcia também acredita que há a necessidade de que seja adotada um política nacional para a educação a distância, principalmente para a educação superior, já que a modalidade a distância não é considerada para este nível no Plano Nacional de Educação.
Veja os resultados da pesquisa na tabela abaixo:
Notas dos cursos presenciais e a distância |
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Cursos de EAD |
Cursos Presenciais |
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NOTA |
CC | % | CPC | % | ENADE | % | CC | % | CPC | % | ENADE | % |
5 |
07 | 14,58 | 07 | 2,91 | 15 | 4,5 | 2.232 | 14 | 400 | 2,3 | 1.310 | 6,15 |
4 |
30 | 62,5 | 60 | 25 | 69 | 20,9 | 7.275 | 45,6 | 3.911 | 22,8 | 4.419 | 20,7 |
3 |
11 | 22,9 | 134 | 55,8 | 149 | 45,1 | 6.076 | 38,1 | 8.656 | 50,5 | 9.028 | 42,3 |
2 |
— | — | 39 | 16,25 | 95 | 28,7 | 323 | 2 | 4.024 | 23,5 | 5.560 | 26,1 |
1 |
— | — | — | — | 02 | 0,6 | 25 | 0,1 | 121 | 0,7 | 982 | 4,6 |
1 a 5 |
48 | 100 | 240 | 100 | 330 | 100 | 15.931 | 100 | 17.112 | 100 | 21.299 | 100 |
|
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3 a 5 |
100 | 83,7 | 70,5 | 97,7 | 75,6 | 69,15 | ||||||
FONTE: e-MEC (http://emec.mec.gov.br/). Coleta de dados realizada em 20/02/2013 pela revista Ache Seu Curso a Distância, e pela pesquisadora Márcia Figueiredo (CBM e ABED). |
Esse é um dos problemas de se correr atrás de números, vcs analisam apenas os dados quantitativamente. A própria pesquisadora especialista em EAD afirma: “A pesquisadora Márcia Figueiredo, coordenadora geral do Centro Universitário Barão de Mauá e membro da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) afirma que o número de cursos avaliados em educação a distância é pequeno na comparação com os presenciais porque ainda “menos de 10% das instituições oferecem educação a distância, isso faz com que o número de instituições avaliadas ainda seja muito pequeno”.
Ou seja, vc compara 100 de A com 10 de B, a proporção de vai ser desigual, vc não acha?
Outra coisa, os dados são tão tendenciosos e manipulados que chegam a ser absurdos e entra exatamente no ponto que aponto como crítica principal toda vez que digitei algo no seu blog, a EAD não educa para a vida e tão pouco está educando para o mercado. por exemplo, o curso de direito na UnB, em Brasília, tem um índice de aprovação no exame da OAB de mais de 63%, (antes que vc culpe o exame, ele mensura todo o conteúdo que deveria ser passado durante a graduação de direito) e teve um conceito 4. Como a UNIP, nada contra a instituição e quem faz direito na UNIP, mas como, possui o mesmo índice do curso anterior sendo que o índice de REPROVAÇÃO, não aprovação, é de mais de 93% (Dados oficiais do último exame da OAB)?
Analisei vários outros cursos e poderia dar exemplo prático de cada um, mas levaria muito tempo.
Outro dado muito esdrúxulo é considerar o índice de reprovação como dado e fator de peso com esse percentual, 100% de aprovação. Não há reprovação no curso? Quem fornece esses dados? Tá parecendo o sistema de avaliação do MEC com as escolas do ensino básico que pedem para que enviem a quantidade de reprovados e lembram que haverá cortes caso o mesmo seja muito alto… Ah, é do MEC, ou seja, a mesma lógica.
Como vc criticou a postura do CFESS, eu quero que vc aponte um autor do Serviço Social formado em EAD, os concursados e professores universitários dos maiores centros acadêmicos do País.
Eu vou abrir um negócio aqui e vc na sua cidade, a gente faz uma competição baseada no alcance dos nossos lucros com base nos dados que eu passar assim como vc, e vamos colocar um amigo meu para mediar essa disputa, quem terá mais chance de vencer?
Eu vi o seu perfil e vc não tem formação em Serviço Social, achei que fosse o caso. Portanto, vc não conhece a história do curso, as bases, diretrizes e as premissas, além do projeto ético-político extremamente inovador; deveria, antes de fazer uma crítica pública ao órgão que regulamenta a profissão. Eu li a sua tese e não comentei, pois ao chegar no exemplo a Universidade Aberta… foi brincadeira, né? os próprios professores que se formaram na modalidade e na instituição reclamaram do ensino e a qualidade do curso é extremamente baixa.
Ensino por ensino, vc pode usar esse blog para ensinar, mostrar dados como esses, mas a assimilação é algo totalmente diferente. O que o Brasil, e qualquer outro país, não precisa é de diplomados e sim de cidadãos pensantes. Deixo a dica novamente, abra uma rede de ensino que ensine tudo online e vamos fechar as universidades e cursos presenciais.
As bases da formação superior são, ensino, pesquisa e extensão, além da própria convivência universitária e não temos isso no EAD. Deveria ser um complemento e não um fim. Em breve teremos estágios virtuais, pq EAD é tão superior, que um médico pode atender um paciente através do skype.
Pôxa Rogério, acho que estamos tendo uns probleminhas lógicos… (pelo menos para mim… :-))
1- Você diz : ” vc compara 100 de A com 10 de B, a proporção de vai ser desigual, vc não acha?”
Não…, Se estamos falando de desempenho e analisando o de cada, depois comparando os dois isso é proporcional… se tem 100 cursos presenciais e 40 deles tiram conceito 5 temos que o nível top presencial é de 40% se temos 10 cursos EAD e 6 deles tiram conceito 5 temos 60% de nível top em EAD, não estamos comparando os números absolutos mas a eficiência percentual…, proporcionalmente os cursos EAD tem maior rendimento… é isso que o indicador aponta, se aumentarmos o número de cursos EAD e diminuirmos o de presenciais isso não muda…, regra de três lembra ?
2- Ai vc diz ” a EAD não educa para a vida e tão pouco está educando para o mercado”, bem eu penso que Educação é uma coisa muito mais ampla que ENSINO… se adquire em casa, na rua, na TV, na igreja, no clube, com os amigos, lendo livros, discutindo no face… e TAMBÉM na ESCOLA, existe uma pessoa que todo o mundo reconhece como exemplo de sabedoria, de vida e humanidade… extremamente “educado/preparado” ganhou um prêmio NOBEL e foi Chefe de Estado, essa pessoa se FORMOU EM DIREITO pela modalidade a distância ainda nos anos 40… o nome dele ? NELSON MANDELA…, eu mesmo já fiz cursos EAD que não são para uso profissional, mas para meu simples enriquecimento cultural/pessoal ou seja “para a vida”; quanto ao “mercado” não vou nem me alongar… milhões de profissionais de vários níveis estão no mercado (e bem colocados) e tiveram formação a distância… , eu por exemplo, fiz minha pós a distância e graças a ela “mudei de área” e tenho uma função de chefia muito compensadora na minha carreira de servidor efetivo do Judiciário (que é uma área de “mercado” muito cobiçada…), aliás por falar nisso, o Poder Judiciário estabeleceu oficialmente através da Resolução 126/2011 CNJ a EAD como modalidade prioritária na formação inicial e continuada de Servidores e Magistrados… “Art. 20. As Escolas Judiciais darão prioridade, sempre que possível, ao uso da educação a distância como forma de otimização de recursos públicos e terão setor próprio voltado a esse fim, promovendo ações formativas virtuais de magistrados e servidores.”
3- Você diz : “Eu quero que vc aponte um autor do Serviço Social formado em EAD, os concursados e professores universitários dos maiores centros acadêmicos do País.” ; como o preconceito cega as pessoas…, a primeira turma de formados em cursos EAD no Serviço Social mal tem seis anos… se não tiver nenhum autor ou acadêmico proeminente graduado pela modalidade seria extremamente normal, mas com certeza já deve ter gente a caminho, cursando mestrados e doutorados, além do mais os diplomas de graduação não fazem distinçao da modalidade, no Lattes só tem a Instituição e ano em que se formou, mas uma coisa é certa, tem muita gente altamente gabaritada e formada presencialmente que acredita e trabalha com EAD em instituições de renome… por exemplo : (Profa. Dra. Lucimary Bernabé Pedrosa de Andrade – pedagoga, bacharel em Serviço Social, especialista em Educação a Distância, doutora e mestra em Serviço Social, docente da Universidade de Franca.) quanto aos concursados (não necessariamente em universidades)… com certeza há vários, em uma rápida busca achei o “Roberto Aparecido Godinho” + Assistente Social (formado na Uniderp, concursado e Diretor de Bem-Estar Social na Prefeitura de Mairinque-SP, homenageado na Assembleia Legislativa de SP…), ponta de iceberg .
4- Você diz :”Eu vi o seu perfil e vc não tem formação em Serviço Social, achei que fosse o caso. Portanto, vc não conhece a história do curso, as bases, diretrizes e as premissas, além do projeto ético-político extremamente inovador; deveria, antes de fazer uma crítica pública ao órgão que regulamenta a profissão.” ; faça-me o favor Rogério… :-), não importa se tenho formação em SS para discutir a questão…( a Profa. Dra Lucimary por exemplo conhece das duas áreas.., porque não a questiona ?), poderia ser qualquer curso, estou na discussão pelo lado da Educação e seus processos (a qual conheço bem…) e pela EAD na qual tenho formação e prática…; esse argumento que tenta usar seria tão absurdo quanto eu dizer que “Eu vi o seu perfil e vc não tem formação em EAD, achei que fosse o caso. Portanto, vc não conhece a história da modalidade, as bases, diretrizes e as premissas, além do projeto ético-político extremamente inovador; deveria, antes de fazer uma crítica pública à modalidade e seus egressos…”
5- E para finalizar você ironiza “EAD é tão superior, que um médico pode atender um paciente através do skype”; 🙂kkkkk, a palavra ANACRÔNICO serve para designar uma pessoa, pensamento ou comportamento em descompasso com o seu tempo…, cabe perfeitamente; Skype não necessariamente Rogério, mas pelo visto você nunca deve ter ouvido falar em TELEMEDICINA E TELESSAÚDE, não apenas se pode fazer atendimentos (consultas com especialistas) a distância, como cirurgias…, essa resistência preconceituosa e obtusa à modernidade por parte da classe dos Assistentes Sociais poderia levar a uma extinção classista igual a dos dinossauros…, ainda bem que tem uma outra parte que está antenada com o século em que vivemos e precisam intervir… :-).
Você defende a Educação a distância como forma de ensino e democratização da educação. Olha o seu discurso, “[…]é isso que o indicador aponta, se aumentarmos o número de cursos EAD e diminuirmos o de presenciais isso não muda…, regra de três lembra ?” Você defende o EAD como o futuro da educação e como se o ensino presencial fosse ultrapassado. Eu assisti algumas aulas de EAD e vi o processo, os alunos estão sendo vítima de uma lógica mercadológica cruel, simples fontes de lucro e alguns alunos reconhecem isso, http://www.youtube.com/watch?v=xSm8ZducnwA
Um dos conceitos desse estudo é repassado pelas instituições, claro que eles repassam os dados que quiserem, como o absurdo de 100% de aprovados, ou é muito fácil ou estão mentindo. Nem todos os cursos de EAD foram analisados, como a própria pesquisadora disse,só aqueles que poderiam contribuir na nota de forma positiva.
Onde a elite continua sendo educada? Na UNOPAR? Anhaguera? Você acha que os filhos dos ministros e pessoas mais abastadas mandam seus filhos para fazer esses cursos? Todos aqueles que saem desses cursos não se emancipam. Esse papinho de preconceito é ridículo e o verdadeiro aparthaid se dá na EAD, OS POBRES, NA MAIORIA, FAZEM EAD. vc ainda não entendeu o meu argumento? EAD é uma farsa e os donos dessas instituições não estão preocupados com qualidade do ensino, e propagação do conhecimento e sim no lucro: http://www.acheseucurso.com.br/margem-de-lucro-em-ead-chega-a-82-por-cento.aspx
Prova disse é o fato de termos vários formados atuando em áreas de nível médio: O professor do Instituto de Economia, João Saboia, ao analisar o cadastro de empregos do Ministério do Trabalho, identificou que mais da metade (53%) dos brasileiros com formação superior que conseguiram emprego em 2010 ocuparam postos de menor exigência de escolaridade, como os de nível médio.
Outra coisa,o método é tão simples, novamente eu te pergunto, por que não abrir um site e criar um sistema que ofereça do o “Ensino” “conhecimento” em vídeo aulas, apostilas online…? Por que cobrar 270 reais por mês e VENDER os cursos, basta entrar no chat ou ligar nessas instituições que a primeira coisa que vão pedir é o seu cpf e ao fazer a inscrição para o vestibular, vc irá preencher um belo questionário sócio-econômico Temos vários “Mandelas” que poderiam surgir 😉 (Mandela ficou preso por quase 3 décadas e é um dos casos notórios que fogem a qualquer lógica).
As premissas do Serviço Social não deveriam ser alteradas para anteder requisitos do EAD e sim o contrário. Estágio, pesquisa, NÃO EXISTEM de forma adequada no EAD. Se você conhece a história do Serviço Social, não diria essas asneiras. O que o CFESS defende é um ensino público de qualidade e não esse.Por que não construir mais universidades públicas. Quem comando o EAD é instituição privada.
Você já viu um paciente em fase terminal na oncologia? Você sabe como o fator psicológico afeta essas pessoas? Um atendimento eficaz se daria pelo telecâncer? Quem defende saúde, saúde de verdade, é extremamente contra esse tipo de ação e há uma grande discursão que vai exatamente no oposto disso, a tal da humanização no atendimento. Nós já temos esse hábito de auto se medicar, ligando para a farmácia, passando o sintoma e pedindo um remédio.
Não sou contra a EAD, mas sim contra o seu uso de forma integral. ela pode complementar, mas não substituir por completo.
Você é o moderno, né? que discurso mais piegas e PRECONCEITUOSO: “essa resistência preconceituosa e obtusa à modernidade por parte da classe dos Assistentes Sociais poderia levar a uma extinção classista igual a dos dinossauros…, ainda bem que tem uma outra parte que está antenada com o século em que vivemos e precisam intervir…”
Lutar por educação de qualidade agora é ser atrasado? Vai lá, “moderninho”, sofra um ataque cardíaco, não que esteja desejando, e ligue para o SAMU fazer uma massagem cardíaca virtual.
Rogério,
Você diz : “Eu assisti algumas aulas de EAD e vi o processo, os alunos estão sendo vítima de uma lógica mercadológica cruel, simples fontes de lucro e alguns alunos reconhecem isso”, volto a insistir no que já disse…, o que você deve ter assistido foram algumas aulas de PRESENCIAL CONECTADO… (que insistem em chamar de EAD, só pelo fato do professor e aluno não estarem no mesmo ambiente), essa não é a única nem melhor forma de EAD, logo não condene toda uma modalidade por uma das suas formas, quanto ao “mercantilismo” ele existe sim no EAD, mas também no presencial… escolas “caça-níqueis” e ruins não são invenção nem “exclusividade” da EAD, já disse, lutar por qualidade é uma coisa, lutar por discriminação e exclusão é outra.
Retorna dizendo “Nem todos os cursos de EAD foram analisados, como a própria pesquisadora disse,só aqueles que poderiam contribuir na nota de forma positiva.”, e eu torno a lembrar conceitos básicos de estatística…, universo de pesquisa, amostragem, tendência, correlação…; se não entraram todos cursos de um, também não entraram todos de outro, a estatística possui fórmulas e métodos que anulam certas distorções nas amostras, a sua alegação de que foram escolhidos os “melhores” cursos de EAD para “competir” com a “média” do presencial, não tem qualquer embasamento ou comprovação.
Passa para “mais da metade (53%) dos brasileiros com formação superior que conseguiram emprego em 2010 ocuparam postos de menor exigência de escolaridade, como os de nível médio.”, Rogério, já parou para pensar que na realidade o que está ocorrendo é uma melhor escolaridade das pessoas QUE JÁ SE OCUPAVAM EM NÍVEL MÉDIO e apesar de terem conquistado um curso superior se mantiveram em suas posições ou tiveram que mudar no mesmo nível por N motivos ( falta de vagas, exigência de experiência, manutenção de benefícios e até salários mais vantajosos ) ??? ; um exemplo, só no meu setor de trabalho tem três colegas com graduação e pós, todos previamente concursados em nível médio antes de se formarem, porém agora ocupando cargos comissionados de DAI (Direção e Assessoramento Intermediário) que simplesmente dobra os vencimentos normais de seus cargos efetivos, apesar de ser um cargo que oficialmente não exija nível superior, o DAI funciona como um “adaptador” para que se possa explorar em atividades mais avançadas/de maior responsabilidade e recompensar as habilidades daqueles que apesar de ocuparem cargos de nível médio, possuem cursos superiores… (aliás os vencimentos ficam pouco a dever em relação ao piso básico dos concursados em nível superior e apesar da não-estabilidade/incerteza de um cargo em comissão, são mais que o dobro do que estariam recebendo se ocupassem empregos em suas respectivas formações na área privada…), é claro que eles querem fazer concurso para passar para um cargo de nível superior, só que isso depende da realização de concurso (o que não ocorre sempre) além do fato que em passando eles “zerariam” a carreira atual (tendo inclusive que passar por novo estágio probatório de 3 anos e também distanciando a aposentadoria integral) esse é só um exemplo dos muitos que poderiam ser citados para tentar entender o contexto…, não necessariamente o fato de se ocupar em postos de menor exigência de escolaridade significa efeitos da má qualidade ou “mercantilização” do ensino superior (muito menos “culpa” da EAD 🙂 ), pode também apenas significar que o acesso ao curso superior se democratizou bastante… .
Sua pergunta “Por que não construir mais universidades públicas ? . Quem comando o EAD é instituição privada.” ; Rogério, o ensino superior brasileiro é realizado em 80% pela iniciativa privada (que trabalha com média de 50% de ociosidade) o Ensino público responde (pelo menos respondia até recentemente) por apenas 20% da demanda (e não tem mais onde colocar alunos), mesmo que dobrasse sua capacidade (nos moldes atuais com infraestrutura física própria, quadro docente, etc…, custaria bilhões e bilhões, além de um bom tempo), mesmo assim, não iria atender a demanda; a melhor solução (mais rápida, barata e inclusiva) é o governo “comprar” parte da disponibilidade ociosa da rede privada (vide PROUNI), forma mais gente, gasta menos e garante que a rede privada não “quebre” (pois se quebrasse, a universidade pública brasileira não teria condições de se quintuplicar para atender a demanda); outra providência é ampliar a oferta através da interiorização dos cursos, crescimento do ensino técnico e tecnológico público e , tchan , tchan, tchan… INVESTIR NA EAD…, dai a importância do projeto UAB,
Alguns dados : Hoje o Brasil tem mais de 3,6 milhões de estudantes utilizando EAD, sendo 930 mil em cursos OFICIAIS (fundamental, técnico, graduação e pós-graduação, independente de ser público ou privado) e 2,7 em cursos livres ; OK , já olhando para os cursos, no geral 56% são cursos livres e 44% cursos oficiais (fiscalizados pelo MEC), dos já citados 930 mil estudantes em cursos oficiais, 75% estão em cursos de Graduação (ou seja 697,5 mil), isso equivale a 1/7 de todos os matriculados em cursos de Graduação independente da modalidade (traduzindo um cada sete estudantes de graduação já o fazem por EAD) em 2011 tinha 487,5 mil graduandos EAD na rede privada e 210 mil estudantes de graduação em cursos públicos via EAD (como você disse quem “manda” na EAD são os cursos privados, mas por enquanto…), até 2014 o número de estudantes de graduação EAD em universidades públicas vai estar quase o triplo (600 mil de acordo com os planos da CAPES/UAB), ainda não vai atingir a capacidade de atendimento da rede EAD privada, mas vai estar bem mais perto…, hoje um em cada cinco candidatos a graduação pretendem fazer utilizando a EAD, ou seja, a diferença entre o que se pratica em graduação EAD hoje e a demanda será encampada majoritariamente pela universidade pública… olha o efeito social ai… teremos 400 mil estudantes a mais “escapando” da EAD privada…(e talvez em cursos mais controlados e de melhor qualidade), não é uma boa notícia ? 🙂
Pulando para o “Você já viu um paciente em fase terminal na oncologia? Você sabe como o fator psicológico afeta essas pessoas? Um atendimento eficaz se daria pelo telecâncer? Quem defende saúde, saúde de verdade, é extremamente contra esse tipo de ação “; Rogério não misture as coisas… 🙂 não vou discutir com a OMS nem com o CBTMS um conceito que gera inclusão e é afeito aa área deles sem contudo “cair de pau” na área dos outros (como faz o CFESS com a EAD), um paciente em fase terminal de oncologia, ou está internado em um hospital especializado (portanto cercado de cuidado presencial) ou por não se ter mais o que fazer já foi mandado para casa para morrer em um ambiente mais humanizado que é o lar/família… não precisa ser Assistente Social para saber disso (mas sendo deveria saber…), quando falamos em TELEMEDICINA E TELESSAÚDE estamos falando de casos de prevenção, diagnóstico remoto, cirurgia eletiva ou remota de emergência perfeitamente aplicáveis, além disso tem médicos, enfermeiros, etc.. que no tratamento direto e presencial são tão desumanos que dá vontade de morrer ou matar logo… :-), volto a insistir, não é a modalidade e sim a disponibilidade e qualidade que fazem a diferença, se você morasse em um lugar como o Amazonas (ou tivesse estudado o contexto social) em que tem lugar que se leva 20 dias de barco para chegar (e as vezes nem tem pista de pouso) ou quando tem a passagem para a capital custa mais caro que uma passagem do Brasil para Miami, iria entender a importância de se ter um especialista ou atendimento a distância ao invés de não ter nenhum…, mas vejo que a formação presencial em SS anda limitando o conhecimento dos problemas que estão para além do campo visual imediato… .
“Não sou contra a EAD, mas sim contra o seu uso de forma integral. ela pode complementar, mas não substituir por completo. “, Rogério, como já disse N vezes, não sou contra o ensino presencial desde que ele esteja disponível, acessível, com boa qualidade e seja uma opção preferencial de quem vai utilizar… (ninguém é obrigado a fazer EAD, faz porque quer ou pode), sou contra é a discriminação generalizada da modalidade e de quem por N motivos só pode fazer ou prefere fazer a distância…, essa é uma opção que pode ser eficiente TAMBÉM (e para qualquer curso…, Serviço Social é um curso como qualquer outro, sujeito aos mesmos princípios das teorias de aprendizagem e de seus processos, bem como à mesma legislação educacional, é pura egotrip achar que o mesmo seja completamente baseado em especificidades “impossíveis” de serem conduzidas por EAD), nenhum curso de graduação é completamente a distância, os momentos e atividades presenciais são minimamente estipulados por lei e podem até ser ampliados pelo desenho instrucional do curso (uns terão mais presença outros menos), o que precisa ser feito é estipular uma relação eficiente entre atividades presenciais e a distãncia e os padrões mínimos de qualidade a fim de atingir a eficiência e eficácia necessárias, isso é bem diferente da atitude meramente fundamentalista “FORA EAD” que CFESS e os “anti-EAD” tem demonstrado.