O Papa “pediu para sair”, e agora ?
O inusitado anúncio feito pelo Papa Bento XVI de que deixará o pontificado ainda em vida (nos últimos 6 séculos isso nunca aconteceu), abre algumas questões interessantes, mas vou aproveitar para tocar apenas em uma delas, que é do seu provável sucessor.
O “Eixo Papal” pode se deslocar da Europa e trazer grandes novidades, como um Papa “yankee”, latino-americano, brasileiro ou africano (e preto) .
Na pequena lista dos 10+ “papáveis”, temos os Cardeais brasileiros João Braz de Aviz (65 anos e Chefe do Departamento do Vaticano para congregações religiosas) e Odilo Pedro Scherer, (63 anos e Arcebispo de São Paulo, aliás um dos únicos 5 cardeais que usam Twitter… ), mas chamo atenção para o ganense Peter Turkson (64 anos ) que é o principal candidato africano. Chefe do escritório de justiça e paz do Vaticano, é o porta-voz da consciência social da Igreja e que segundo comentários que pululam pela web seria “o favorito” do atual Papa; apesar de não estar cotado entre os 10+ tem também grandes chances o cardeal nigeriano Francis Arinze (80 anos e prefeito Emérito da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos), Arinze esteve forte na última disputa e perdeu para Bento XVI, contra ele pesa o fator idade, mas é o favorito nas casas de apostas mundo afora… .
O Vaticano já teve três papas africanos em seus primórdios
- Papa Vítor I (189 a 199)
- Papa Melquíades (310/311 a 314)
- Papa Gelásio I (492 a 496)
Todos da chamada Provincia Romana em África (atual Tunísia e Líbia) os registros porém não dão conta de serem pretos, provavelmente tinham o tipo característico majoritário da região, algo arabeizado.
Se eleitos Turkson ou Arinze, teríamos o primeiro Papa preto (ou como o senso comum diria, negro), não confundir com a expressão ” Papa Negro” atribuída tradicionalmente ao líder da ordem Jesuíta (que tal como o Papa é eleito em um “colégio” de autoridades e também tem caráter vitalício, o “negro” vem da cor do manto que o líder jesuíta utiliza).
De qualquer forma, se eleitos quaisquer dos Cardeais não-europeus, teríamos uma quebra da tradição e pelos perfis também novidades na condução da igreja católica que não se pode ignorar tem muita influência em questões da vida “profana” cotidiana de boa parte da humanidade, além das relações com outros grupos religiosos e também no jogo de poder mundial.
Só para não perder o costume dos últimos tempos… :-), as profecias de Nostradamus diziam que o último Papa seria um negro… e olha só o que eu encontrei em um artigo com a interpretação das centúrias e sua contextualização : http://profeciasoapiceem2036.blogspot.com.br/2010/12/nostradamus-o-penultimo-e-ultimo-papa.html . Será ???? :-).