A “pisada na bola” israelense…
Fotomontagem by Brown Sugar
Que a situação do oriente médio é complicada, todo mundo sabe…, assim como, que o Estado de Israel vive em constante tensão ao tentar sobreviver cercado de vizinhos árabes não muito simpáticos à sua existência também é fato… .
A relação com os palestinos é tumultuada e com um pouco mais de boa vontade dos dois lados, poderia ser uma convivência muito melhor…; a faixa de gaza tem sido alvo frequente de toda sorte de ataques israelenses, que sempre ocorrem mediante alegada necessidade de auto-defesa/revide aos ataques de fundamentalistas palestinos.
O bloqueio econômico à região, com o controle total do acesso terrestre, aéreo e marítimo por Israel, só tem agravado a situação de penúria da população local.
Na tentativa de tentar levar ajuda humanitária, ONGs tem tentado" furar" o bloqueio.
A última tentativa foi um comboio com 6 navios com 750 ativistas e 10 mil toneladas de ajuda humanitária, chamado de "Frota da Liberdade" com navios gregos e turcos, mas comandos da marinha israelense abordaram e invadiram alguns do navios quando estavam a 70/80 milhas da costa, portanto ainda em águas internacionais (por normas internacionais o controle marítimo territorial total se aplica a apenas 20 milhas…) , ou seja, Israel através de sua marinha cometeu um ato de "pirataria deslavada" ao atacar o comboio em alto-mar, pior , causando a morte de 10 a 19 ativistas humanitários estrangeiros e ferimentos em mais 30.
Enquanto Israel cometia atrocidades contra civis dentro de "seus" territórios questionados e/ou também ocupados por "insurgentes", apesar de condenável, ainda restava o "benefício da dúvida" e a desculpa das "baixas periféricas não-intencionais" ; já invadir navios estrangeiros, matar e ferir ativistas humanitários em alto-mar, não tem qualquer desculpa "aceitável"…, essa foi uma "pisada na bola" que vai custar muito caro para a imagem e posição de Israel frente a comunidade internacional.
Se o embargo à faixa de Gaza e as atrocidades impingidas aos palestinos já não encontravam apoio internacional (exceto pelos EUA), agora é que a pressão pela queda se fará sentir mais pesadamente.