O adeus ao “Xerife”
Morreu ontem dia 7 de setembro (na data do seu aniversário de 76 anos) Klinger Costa, que por diversas vezes esteve à frente da Segurança Pública do Estado do Amazonas.
Filho de um Chefe de Polícia (nome dado à época para o Secretário de Segurança), Klinger Costa conseguiu a façanha (quase impensável nos dias de hoje) de aos dezoito anos de idade e sem ainda estar formado em Direito, ser nomeado Chefe de Polícia, isso foi em 1958, no primeiro mandato como Governador do Estado, do recentemente falecido Gilberto Mestrinho.
Polêmico, adorado pelos amigos e boa parte dos subordinados, temido pelos desafetos e principalmente pela bandidagem sem colarinho branco, admirado pelos “homens de bem” da época (provável exceção de alguns que segundo a lenda, tiveram os filhos esbofeteados, etc…, ou de outros com alguma noção sobre Direitos Humanos), criou fama pela nada branda forma de combater o crime “desorganizado” (leia-se “galerosos”, bandidinhos em geral, “boêmios infratores”, etc…), o que lhe rendeu o apelido popular de ” O Xerife” .
Entre muitos “causos famosos” (e outros talvez apenas “lendas urbanas”) o “mais famoso” ( e me parece que foi também o último …) ocorreu em meados dos anos 90, e envolveu um oficial do exército de alta patente (por sinal negro… e que estava a paisana), como o Secretário (que comandava pessoalmente uma “operação” no calçadão da Ponta Negra) ” não gostou de algo que viu” , “mandou recolher” sem maiores motivos nem pré-identificação “o negrão”; que ligou do camburão para a PE (Polícia do Exército); o que se seguiu foi uma ação de resgate cinematográfica pela PE, bloqueando a estrada da ponta negra e prendendo todos do comboio policial (incluso o Secretário)…, um caso que só se resolveu com “muita diplomacia” em Brasília.
Os registros de tal fato “não aparecem” facilmente, mas é de conhecimento generalizado na cidade de Manaus…, por coincidência, a carreira de ” Xerife” acabou “subitamente ” nessa mesma época.
Lembrei de uma frase que meu pai gosta muito : ” Nada é tão ruim que não se acabe um dia , nem tão bom que dure para sempre…” ; dependendo do ponto de vista e de quem o detenha é uma máxima que cabe em qualquer situação… o amor e o ódio são dois lados da mesma moeda.
Nossos respeitos a quem sofreu com a perda.
Juarez, primeiramente, sou grato pela forcinha que vc deu ao site. Ficou ótimo.
Quanto ao xerife morto, preferi não comentar poque só conhecia fatos reprováveis da sua conduta. Esse episódio da Ponta Negra não é lenda urbana não.
Plagiando o Millor Fernandes, que diz que a morte amaciava qualquer defeito, o Klinger Costa terá que morrer muitas vezes para eu mudar de opinião.
Abraços.
nem conheci esse sujeito,mas so por uma atitude ja diz de pronto quem e,que satanas o tenha ben guardado.
esse era macho que esteja no céu e a quanto esses dois deixa que eu mando eles le fazer companhia no outro mundo esse cabra tinha e ainda tem moral
Obrigado juarez, por homenagear meu professor da Escola Estadual Solon de Lucena, nos anos 70.